sábado, 13 de fevereiro de 2010

Defesa do interesse público motiva visita do Presidente da Câmara

Da direita para a esquerda: Macedo Vieira, Aires Pereira e Luís Diamantino. Ao fundo, o prédio que aguarda final das obras para obter licença de habitabilidade
Infopóvoa / Póvoa de Varzim
“Isto é uma coisa que vai acontecer, porque é este o superior interesse da cidade”. Esta foi a principal mensagem passada hoje pelo Presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, Macedo Vieira, que encetou uma visita à zona envolvente à Estação do Metro da Póvoa como forma de chamar a atenção para o incumprimento da empresa Metro do Porto, S.A., no que respeita ao arranjo urbanístico previsto.
Prevista estava também a presença do Presidente da Metro do Porto, Ricardo Fonseca, e ainda do Administrador Jorge Delgado, que, esperava Macedo Vieira, viesse a contribuir para se saber o estado do processo do concurso de obras. No entanto, ambos os representantes da Metro do Porto acabaram por cancelar a visita, “depois dos meus reparos na Assembleia Municipal”, esclareceu Macedo Vieira, recordando que na última Assembleia criticou a morosidade do processo, tendo mesmo sido aprovada, por unanimidade, uma Moção de Protesto. “O Senhor Presidente da Metro devia perceber que está ao serviço da população e tem que colocar os interesses da população e os interesses do Metro acima destas questões pessoais. Isto é um processo dinâmico. Eu, ao contrário de outros colegas que aos longos destes anos reivindicavam sempre mais obras e mais investimento, só estou a dizer que há dados novos que podem melhorar o projecto”.

A Alameda do Metro
Previsto desde o início, e da responsabilidade da Metro do Porto, estão as obras de inserção urbana desde a antiga Maconde até à Estação da Póvoa de Varzim, o que inclui a montagem das infra-estruturas, a execução de passeios e do arruamento e ainda do parque de estacionamento para 300 viaturas nos terrenos encostados à estação. O atraso nestas obras tem levado a outro tipo de problemas. Por exemplo, junto à Estação de Metro foi construído um prédio, sendo que, para tal, foi estabelecido um protocolo entre os proprietários e a Metro do Porto onde os primeiros abdicaram do direito à expropriação, cedendo área para que a Metro pudesse executar as obras de urbanização. “As pessoas agiram de boa fé”, explicou Aires Pereira, Vereador do Pelouro de Obras Municiais, também presente na visita. Porém, o prédio, concluído no final do ano passado, não pode ainda ter a licença de habitação dado que o arranjo urbanístico, que inclui a construção dos acessos, ainda não foi feito pela Metro.

A zona do parque de estacionamento
“Há outra questão para além das obras e que diz respeito ao prolongamento da Estação até à antiga Garagem Linhares”, sublinhou Macedo Vieira. “O actual proprietário está disposto a colaborar no sentido de reabilitar as instalações da Garagem, sendo que não queremos prolongar a linha propriamente dita, mas a zona de entrada e saída das pessoas. Isto resolveria o problema de segurança para os peões que têm obrigatoriamente que passar pela Estrada Nacional para chegar à Estação, pondo em causa a sua segurança, dado que os passeios são estreitos. Além de que a inserção urbana da Estação na Praça do Almada seria muito mais interessante”. No entanto, o autarca mostrou-se frustrado. “A direcção da Metro não está interessada em ouvir a Câmara Municipal. Nós só queremos informar a Metro sobre estas questões. Queremos compatibilizar o interesse público e também a possibilidade de restaurar o espaço”, esclareceu o autarca. “A obrigação de um Presidente de uma instituição deve ser a de servir melhor os interesses dessa instituição. É impensável que o Metro possa ser uma peça estratégica para a Póvoa de Varzim e que seja construído de costas para a Câmara e para a população”.
Aires Pereira esclareceu ainda que “no Plano de Urbanização da Póvoa de Varzim e no Plano Director Municipal tudo o que vier a ser construído na Garagem Linhares está condicionado à passagem e ligação entre a Praça e o Metro. Há uma predisposição para juntar o útil ao agradável. Conciliar os interesses de todos”, afirmou, partilhando ainda que a Metro do Porto informou a Câmara de que “as obras estão em fase de apreciação para se fazer o relatório no que diz respeito à proposta de adjudicação e que provavelmente no mês de Março as obras iriam ter início. Era tudo isto que nós queríamos discutir e tomar conhecimento no local”.
Mesmo sem a presença da Metro do Porto, o Presidente deslocou-se até ao local mostrando, por exemplo, que para ligar a Estação de Metro à Garagem Linhares pouco mais tem que ser feito do que derrubar um muro. Na zona onde deverá ficar o parque de estacionamento, e que vários utentes do metro usam já como tal, Macedo Vieira chamou a atenção para o aspecto degradado da zona, que facilmente se resolvia, ainda que provisoriamente, com a terraplanagem do terreno. Desse parque de estacionamento ter-se-á acesso à já apelidada Alameda do Metro, que se estende, então, até à antiga Maconde, sendo que do lado oposto nascerá uma nova rua para fazer ligação com a Rua do Século.

Abertas inscrições para Concurso de Piano


Infopóvoa / Póvoa de Varzim
Até dia 20 de Abril estão abertas as inscrições para o V Concurso de Piano, uma organização da Escola de Música da Póvoa de Varzim dirigida a estudantes do instrumento com habilitação máxima equivalente ao 5º Grau. O valor da inscrição é de €15 para os alunos da Escola e de €30 para os restantes concorrentes. A ficha de inscrição e o regulamento do V Concurso de Piano estão disponíveis aqui.
As actuações, que incluirão, em todos os níveis, uma peça portuguesa, irão ocorrer nos dias 8 e 9 de Maio. No primeiro dia, o palco será o Auditório Municipal e o intuito é encontrar os melhores do Concurso. No final das provas a pianista Teresa Vila Verde irá actuar. No dia 9, pelas 16h00, no Diana Bar, os laureados irão apresentar-se em público.
Inserido no Fórum de Saídas/Formação e Opções Profissionais, levado a cabo pelo Pelouro da Acção Social da Câmara Municipal, este Concurso de Piano pretende promover a excelência e o mérito artístico, elevar a aprendizagem e o nível de formação de todos os participantes, projectar a carreira musical enquanto realidade profissional futura, proporcionar aos alunos dos cursos livres de piano novas oportunidades no domínio da performance e contribuir para a dinamização da actividade cultural e musical.

A Prostituição na Póvoa de Varzim é tema de conversa no Arquivo Municipal


Infopóvoa / Póvoa de Varzim
“A prostituição na Póvoa de Varzim: de finais do séc. XIX à 1ª metade do séc. XX” é o tema do próxima sessão de “À quarta (h)à conversa”, promovida pelo Arquivo Municipal.
A actividade tem lugar no dia 17, às 15h00, e pretende dar uma retrospectiva histórica daquela que é por muitos considerada “a mais velha profissão do mundo”, com especial enfoque na prostituição na Póvoa de Varzim entre finais do século XIX e inícios do século passado.
De facto, e como nos diz o Arquivo, ao longo dos tempos, as referências à prostituição são inúmeras, a história traz-nos os ecos das festas e orgias romanas. Durante a Idade Média, e com a ascensão do Cristianismo, a prostituição era condenada e ao mesmo tempo considerada um mal necessário.
Também aqui na Lusitânia há registos de existência de prostituição desde o tempo dos Iberos e dos Celtas. Já em 586, aquela foi proibida e surgiram pesadas leis contra a mesma, o que, com as invasões árabes, viria a revelar-se um esforço inglório. Foi D. Afonso Henriques, em 1170, que publicou a primeira formal repressão contra a prostituição, ordenando prisão às meretrizes, seguido em diferentes formas, desde castigos à pena capital, pelos reinantes que se seguiram. Já no séc. XVII, a prostituição é regulamentada e colocada sob vigilância da autoridade do rei. Mas o reinado de D. João V traz uma desmoralização cada vez mais acentuada fruto do luxo e fausto da corte. Em 1780, D. Maria I proíbe a prática daquela em alguns locais com pena de prisão em caso de não cumprimento. O Regulamento de Braancamp, de 1865, torna obrigatória a matrícula policial das prostitutas, sem contudo lhes consagrar quaisquer direitos políticos ou civis. Em finais do séc. XIX, surge um novo Regulamento da Polícia Sanitária das mulheres prostitutas.
É também neste século que surgem os primeiros registos de meretrizes na Póvoa de Varzim. Segundo testemunhos locais eram respeitadas e não muito descriminadas como acontecia em alguns pontos do país. Efectivamente, usavam roupas mais provocantes e garbosas que as outras mulheres, mas respeitavam sempre as outras pessoas.
Em 1949, a Lei n.º 2036/49 proíbe a matrícula de meretrizes e a abertura de novas casas de toleradas. Com esta lei acabaram os regulamentos de prostituição em Portugal, e em 1962, decretou-se o encerramento de todas as casas de prostituição e o confisco dos seus bens.

Festa de Carnaval não deixa ninguém indiferente

Convívio de Carnaval no Hit Club
Infopóvoa / Póvoa de Varzim
A cidade foi invadida. A boa-disposição, a alegria, a música e a cor andam à solta pelas ruas da Póvoa. Se se cruzou, ontem à tarde ou hoje de manhã, com algum vampiro, bruxa, astronauta e tantas outras personagens, não se admire. Estamos no Carnaval. A Câmara Municipal contribuiu para esta festa organizando duas actividades.
Desfile Infantil
Ontem à tarde, 11 de Fevereiro, o Pelouro da Acção Social levou 300 utentes de seis Instituições Particulares de Solidariedade Social (Centro Social de Bem-Estar de S. Pedro de Rates, Centro Social Bonitos de Amorim, Centro Social e Paroquial de Aver-o-Mar, A Beneficente, Centro Social e Paroquial de Terroso e Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Varzim) para a discoteca. Das 14h30 às 17h00, idosos e crianças conviveram, dançaram e cantaram. Para retemperar as energias, o Hit Club ofereceu um lanche aos foliões. Depois, mais convívio, mais dança e mais cantoria. Veja imagens da festa aqui.


Desfile Infantil
Hoje de manhã, foi a vez dos infantários e escolas de todo o concelho, num total de mais de quatro mil crianças, comemorarem o Carnaval num Desfile Infantil organizado pelo Pelouro da Educação. As crianças partiram da Praça do Almada e percorreram as ruas circundantes até ao Auditório da Lota. O frio tentou atrapalhar a festa, mas os pequenos não se deixaram abater. Dançando e saltando ao som de música brasileira foram afastando os arrepios e esquecendo as mãos geladas. Quem assistiu, não se arrependeu. Desde os fatos preparados pelas mães, aos confeccionados pelos estabelecimentos de ensino, todos estavam muito bem vestidos e maquilhados para a ocasião. Veja imagens do desfile aqui.
Para o ano há mais.