sábado, 28 de novembro de 2009

PÓVOA DE VARZIM

“Feliz Natal Póvoa de Varzim” – a nossa oferta para a quadra natalícia




Infopóvoa / Póvoa de Varzim
As ruas iluminadas com motivos natalícios, as montras das lojas onde se multiplicam as figuras do Pai Natal ou as músicas características que só se fazem ouvir nesta altura do ano anunciam já a aproximação do Natal.
Enriquecendo uma época já de si marcada por uma renovada Alegria, a Câmara Municipal brinda poveiros e visitantes com “Feliz Natal Póvoa de Varzim” um programa de eventos que proporciona um dos aspectos mais valorizados de todo o Natal – a União. De facto, todos estamos convidados a partilhar este programa, assistindo a concertos, visitando exposições, dando um pulo ao teatro ou ao cinema, participando em concursos, degustando a nossa típica gastronomia natalícia, assistindo a competições desportivas, conhecendo o que de novo nos traz o mundo da literatura, entre tantas outras propostas.
Como sempre, são as crianças que mais vibram com esta época, irremediavelmente atraídas por toda esta aura de Felicidade e de cor que invade as ruas, ano após ano. Por isso, e para elas, “Feliz Natal Póvoa de Varzim” concede algumas das mais imaginativas actividades que podem ser também partilhadas com toda a família. Oficinas de artes plásticas, concursos, sessões de leitura muito especiais e ateliês educativos dedicados às tradições dos poveiros em época de Natal são apenas alguns exemplos.
Este é um programa que, começando em finais de Novembro , se prolonga até ao mês de Janeiro, incluindo o Dia de Reis, e envolve não só a Câmara Municipal como inúmeros parceiros sociais. E para que não perca nada, oferecemos a
Agenda de Natal, já disponível no portal municipal e que, em breve, estará disponível no Posto de Turismo e em edifícios municipais.
Descubra “Feliz Natal Póvoa de Varzim” e actualize-se sobre cada uma das actividades no portal municipal!

“Poupar. Viver Melhor!” chega ao fim este fim-de-semana

Loja do MAPADI oferece, hoje, individuais de mesa a clientes

Infopóvoa / Póvoa de Varzim

É já este domingo, 29 de Novembro, que termina “Poupar. Viver Melhor!”. Significa, por isso, que há ainda oportunidade para fazer parte desta campanha pela prevenção da produção de resíduos, assistindo ou participando em algumas das actividades em programa. Um programa diferente para um fim-de-semana mas que resulta num saldo bem positivo para o Ambiente.
Assim, relembramos que, durante o dia de hoje MAPADI oferece, na sua loja no Mercado Municipal, individuais de mesa elaborados a partir de farrapos, a quem fizer compras. Faça uma visita e admire-se com a variedade, qualidade e beleza dos muitos objectos que os utentes conseguem criar, a preços apelativos.
Novamente este fim-de-semana, a Junta de Freguesia de Terroso está aberta para que se possa visitar a exposição “Caminho do Trapo”, que a empresa Lusocarpet, Lda. preparou com o intuito de mostrar, através de imagens e de produtos, o ciclo da recuperação de têxteis. E de formas divulgar os muitos comportaremos que se podem adoptar de forma a evitar o desperdício e a produção de lixo, tanto o MAPADI como o Centro Social Bem-Estar de S. Pedro de Rates albergam, nas suas instalações, duas exposições, exemplificativas das medidas que foram criadas para evitar e diminuir a produção de resíduos e dos novos objectos que são criados em ambos os espaços reutilizando materiais.
Prolongando-se para lá do final da campanha “Poupar. Viver Melhor!”, estão duas acções de recolha de equipamentos eléctricos e electrónicos. Na EB 2/3 Cego do Maio, e até 18 de Junho do próximo ano, existe um ponto de recolha destes materiais, como secadores de cabelo, máquinas fotográficas ou outros pequenos electrodomésticos avariados que, depois de consertados, são oferecidos a instituições de solidariedade social. Na Associação de Amizade de S. Pedro de Rates, e até 31 de Dezembro, pode entregar, para arranjo e gratuitamente, estes equipamentos que depois lhe são devolvidos.
“Poupar. Viver melhor!” começou a 21 de Novembro, no âmbito da Semana Europeia da Prevenção de Resíduos, e contou já com inúmeras acções como, por exemplo, a instalação de dois novos Roupões na cidade, exposições, acções de sensibilização e até a exibição de filmes pedagógicos. O
portal municipal é o local onde pode encontrar toda a informação sobre a campanha. Visite-o e conheça o programa, veja as imagens e siga os conselhos que lá são dados. Verá que também assim estará a contribuir para a Póvoa de Varzim, um concelho de Bom Ambiente.

“Resgatar das Almas” recupera peregrinação a Santo André

Infopóvoa / Póvoa de Varzim
Na madrugada ou entardecer da véspera ou do dia de Santo André, celebrado a 30 de Novembro, era comum ver grupos de pescadores, de lampião na mão, em peregrinação até à Capela dedicada ao Santo, em Aver-o-Mar.
De forma a recuperar esta tradição, que a pouco e pouco se foi esbatendo, o Centro de Desporto e Cultura JuveNorte tem organizado, de há uns anos para cá, a peregrinação, inserindo, no cortejo aberto a toda a população, um grupo de peregrinos trajados a rigor.
Este ano, o “Resgatar das Almas a Santo André” tem lugar no dia 28, com saída às 17h00 do adro da Capela da Senhora do Desterro. Recitando o Rosário, os peregrinos deverão chegar à Capela de Santo André às 18h30 onde, após cumprir a Via-sacra, irão iniciar o cântico da “Encomenda das Almas”.
Os poveiros, sobretudo os da classe piscatória, são muito devotos a Santo André, a quem cabe pescar, das profundezas, as almas dos náufragos e entregá-las a Deus. Diz a sabedoria popular que quem não for a Santo André em vida lá terá de ir depois de morto. Além disso, o Santo tem também dotes de casamenteiro.


“O Sonho comanda a Vida” – noite de Fado na sede das Tricanas Poveiras

Infopóvoa / Póvoa de Varzim
Hoje dia 28, o Grupo Recreativo e Etnográfico “ Tricanas Poveiras ” propõe uma Noite de Fado, antecedida de jantar, intitulada “O Sonho comanda a Vida”.
O evento decorrerá na sede da associação, no antigo quartel, e tem início marcado para as 20h30, altura em que será servido o jantar típico. Às 22h00 começa o espectáculo musical, com a presença dos fadistas Joaquim Fernandes, António Reis, Aida Arménia, António Rocha , Carla Alves, Tony Reis e Albina Dias. Estes irão interpretar vários géneros de fado, como o de Lisboa e o de Coimbra, o vadio, o romântico, o humorístico, entre outros.
A marcação de mesa deve ser feita através do número 969 839 791, sendo que, com o jantar incluído, a Noite de Fado tem um custo de 12,50€ por pessoa.

Correntes d’Escritas – prorrogado prazo para Prémio Conto Infantil Ilustrado

“Correntes d’Escritas – contos infantis ilustrados”, livro com os melhores trabalhos da edição de 2009 do Correntes d’Escritas
Infopóvoa / Póvoa de Varzim
Foi alargado o prazo para a entrega de trabalhos do Prémio Conto Infantil Ilustrado Correntes d’Escritas/Porto Editora. 15 de Dezembro é, agora, a data limite para concorrer a este galardão, destinado a alunos do 4º ano do 1º Ciclo do Ensino Básico.
O Plano de Continência para a Gripe A, encarado como uma prioridade, levou a que surgissem dificuldades por parte das escolas para reunir o material necessário à conclusão dos trabalhos a concurso. Como tal, e a pedido de várias instituições escolares, a autarquia e a Porto Editora decidiram, então, a prorrogação do prazo.
Recorde-se que o Prémio Conto Infantil Ilustrado Correntes d’Escritas/Porto Editora é atribuído no âmbito do Correntes d’Escritas – Encontro de Escritores de Expressão Ibérica e destina-se a galardoar, anualmente, um conto ilustrado inédito, em língua portuguesa, realizado pelos alunos – conto e ilustração. O Prémio visa estimular a criação literária, especialmente o desenvolvimento da comunicação escrita, e destina-se a trabalhos colectivos (realizados por todos os alunos de uma turma) com um mínimo de três e um máximo de cinco páginas. Cada escola poderá concorrer com o máximo de dois trabalhos por turma do 4º. ano de escolaridade. Os melhores trabalhados serão publicados em livro pela Porto Editora.
Já na próxima segunda-feira, 30 de Novembro, termina o prazo para a entrega de trabalhos para o Prémio Literário Correntes d’Escritas/Papelaria Locus, destinado a jovens com idades compreendidas entre os 15 e os 18 anos, naturais de países de expressão portuguesa e distinguirá, na edição de 2010, prosa. Os concorrentes podem entregar, no máximo, dois trabalhos apresentados por escrito e sob pseudónimo. O valor do prémio é mil euros, sendo que o conto premiado será publicado na próxima edição da Revista Correntes d’Escritas. Os interessados em concorrer a este prémio juvenil têm ainda que ter em atenção que deverão enviar três exemplares dactilografados.
A estes dois prémios junta-se o Prémio Literário Casino da Póvoa, no valor de 20 mil euros. 160 livros concorrem este ano, da autoria de escritores de língua portuguesa, castelhana ou hispânica, com obras em 1ª. edição, em português e editadas em Portugal entre Julho de 2007 e Junho de 2009, excluindo-se as obras póstumas e ainda aquelas da autoria de galardoados com o Prémio Literário Casino da Póvoa nos últimos seis anos. No próximo mês de Janeiro será divulgada a lista das dez obras finalistas, seleccionadas por um júri composto por Carlos Vaz Marques, Dulce Maria Cardoso, Fernando J.B. Martinho, Patrícia Reis e Vergílio Alberto Vieira.
O anúncio dos premiados será feito durante a sessão de abertura da XI Edição de Correntes d’ Escritas – Encontro de Escritores de Expressão Ibérica, a 24 de Fevereiro, e a entrega dos prémios aos galardoados ocorrerá na sessão de Encerramento – Cerimónia Pública – do Correntes d’ Escritas, no dia 27.
Para mais informações sobre os Prémios Literários, consulte os regulamentos no
portal municipal.

“Poupar. Viver Melhor!” – Postal nº 4

Infopóvoa / Póvoa de Varzim
Sabia que os sacos plásticos que se usam para transportar as compras demoram mais de 50 anos para se decomporem? Tendo isso em mente, porque não usar sacos reutilizáveis, muito mais resistentes?

É este o conselho que “Poupar. Viver Melhor!” lhe dá hoje. Mesmo sendo o plástico um material que pode ser reciclado, convém, mesmo antes de se pensar em Reciclar, optar por Reduzir.

Este é o quarto de um conjunto de cinco postais virtuais que a Câmara Municipal, através do Pelouro do Ambiente, preparou para si, no âmbito da campanha “Poupar Viver Melhor!”. Recorde os conselhos já enviados, disponíveis no
portal municipal.

Casa do Regaço estreou-se como editora num apelo à solidariedade

Infopóvoa / Póvoa de Varzim
A arte de dar carinho, de dar amor, ou simplesmente a arte de dar encheu ontem a sala do Casino da Póvoa onde decorreu o lançamento do livro Histórias com Regaço. Esta colectânea de contos infantis, escrito a “seis mãos” e ilustrado por outras tantas, foi organizada e publicada pela Casa do Regaço, Centro de Acolhimento Temporário de Crianças e Jovens em Risco, como forma de obter apoios financeiros.
A edição do livro teve o apoio da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, representada, no lançamento, por Andrea Silva, Vereadora do Pelouro da Acção Social.
Álvaro Magalhães e Teresa Lares, João Manuel Ribeiro e Isabel Mata Graça, João Pedro Messeder e Pedro Emanuel Santos, José Jorge Letria e Alexandre Reis, Rosário Alçada Araújo e João Borges , Vergílio Alberto Vieira e Sandra Longras, formam as parelhas escritor e ilustrador que, nas palavras de Luísa Tavares Moreira, Presidente da Casa do Regaço, deram forma a “um acto de solidariedade enorme, nisto somos portugueses e somos fantásticos”. Emocionada pela disponibilidade demonstrada pelos escritores e ilustradores para elaborem o livro, Luísa Tavares Moreira explicou que o dinheiro angariado servirá para obras de manutenção da casa. Contou que as cerca de 20 crianças que habitam neste momento a Casa, e que tem entre os 3 e os 19 anos, estão ali porque sofreram com a negligência, com maus-tratos, com abusos. “Na Casa do Regaço encontram afectos, encontram colo, encontram carinho”, congratulou-se. Uma afirmação corroborada por Pimenta Araújo, da Cruz Vermelha Portuguesa que, não deixando de agradecer a todos os voluntários que trabalham na Casa do Regaço, lembrou que as crianças que lá vivem “são mestres na arte de retribuir afectos”.
Com a presença de alguns dos escritores e ilustradores presentes, conheceram-se as histórias por detrás de cada texto e o processo criativo que envolveu as ilustrações. O respeito pela inteligência infantil defendido por Álvaro Magalhães, para quem escrever para crianças “é como escrever para adultos, mas melhor”, o “ataque de ternura” de João Manuel Ribeiro, após ter pesquisado sobre a Casa do Regaço na Internet e que resultou, de imediato, num texto escrito “ao sabor do prazer e da emoção” ou a satisfação que Isabel Mata Graça sentiu ao desenvolver as suas ilustrações “numa altura em que aguardava o nascimento da minha neta”, foram alguns dos segredos partilhados com a assistência.


O texto de José Jorge Letria, autor que não esteve presente, e que fala sobre uma bola de futebol adormecida foi dedicado a Bruno Alves, Padrinho da Casa do Regaço. Alexandre Reis, o ilustrador, explicou que tentou desenhar uma bola da Liga dos Campeões e, como já é seu hábito, testou a imagem com os alunos, na escola onde dá aulas, “para eles me darem o feedback, saber se entendem a mensagem”.
“Os livros foram a irmã que nunca tive”, contou Vergílio Alberto Vieira. Esta afirmação responde à pergunta que muitos já lhe colocaram – porque escreve? – e que com os textos que desenvolveu para Histórias com Regaço ganha ainda uma dimensão mais profunda. “Estes textos para a Casa do Regaço significam que foram entregues à irmã que não tive”.
No final, Rui, adolescente de 19 anos que vive na Casa do Regaço agradeceu a escritores e ilustradores. “Sem vocês não tínhamos apoio, nem tínhamos o livro”, brincou, antes de dirigir também palavras de reconhecimento a todos aqueles que ajudaram os pequenos moradores da Casa “a ter uma vida melhor”.

Contar histórias, fazer justiça – Luandino Vieira apresentou livro na Póvoa de Varzim

Da esquerda para a direita: Zeferino Coelho, Luandino Vieira e Luís Diamantino

Infopóvoa / Póvoa de Varzim
“Escrevo muito lentamente, não escrevo por ofício, mas também não tenho dores de criação. Quando vejo que não dá, não dá e faço outra coisa qualquer. Se estiver sol, é para mim um bom motivo para ir passear para a rua. Se não estiver sol, é bom motivo para ficar em casa e ler o que os outros escrevem”.
E assim José Luandino Vieira resumiu a forma como encara a escrita, ontem, no Diana Bar, na apresentação da sua mais recente obra O Livro dos Guerrilheiros. “Em vós vejo os pouco mas fiéis leitores que tenho em Portugal”, disse, dirigindo-se à assistência. “Fiquei longos anos em silêncio, desmerecendo os leitores que tenho. Agradeço a todos os que ao longo destes anos se mantiveram com paciência e coragem para ler o pouco que fui escrevendo este tempo todo”.
Silêncio que foi quebrado na Póvoa de Varzim. “Andei décadas a esquivar-me desse momento e foi aqui, no Correntes d’Escritas, que voltei às publicações do que já tinha feito e encarei de uma forma mais séria o meu dever”, explicou. E agora surge O Livro dos Guerrilheiros, segunda obra de uma trilogia, De Rios Velhos e Guerrilheiros, iniciada com O Livro dos Rios.
“Parte mal disfarçada de um romance que tive preguiça de terminar”, O Livro dos Guerrilheiros é um conjunto de narrativas acerca de sete guerrilheiros que compõem uma coluna, em plena guerra pela independência de Angola. “Escrevi este livro para fazer justiça aos guerrilheiros angolanos, não aos heróis. É para fazer justiça aos jovens, às mulheres, às crianças, que foram apanhados no vórtice da guerra e deram tudo o que tinham, inclusive a vida”, defendeu. “Não é que eles tivessem sido esquecidos, até porque não fizeram o que fizeram para serem lembrados. São os valores que estão esquecidos”, explicou o autor para quem é impossível escrever “sem que me doa. Quando me começa a doer, começo a escrever”.
Inspirando-se em Almeida Garrett , para descrever a riqueza das paisagens africanas, Luandino Vieira foi também buscar ensinamentos a Fernão Lopes – “ensinou-me como contar a história através de pequenas histórias. E como se contam histórias? É ir entortando a história de maneira a que, não deixando de ser história, passe a ser histórias”.

Agora, Luandino Vieira prepara-se para fazer justiça à mulher angolana, nunca retratada na literatura, no terceiro livro da trilogia que, avançou, se irá chamar Ela e os Velhos.
Ao lado de Luandino Vieira, Zeferino Coelho, da editora Caminho, explicou que a sua relação com o escritor teve, na Póvoa de Varzim, “um nó decisivo” porque foi durante o Correntes d’Escritas que o editor “namorou” o escritor para que publicasse pela Caminho. Até que, numa edição do Encontro de Escritores de Expressão Ibércia, Luandino Vieira entregou um conjunto de papéis a Zeferino Coelho para que lesse. “Era Nosso Musseque”, desvendou o editor e, numa altura em que até a literatura começa a ser instantânea, “este homem tem este livro extraordinário, assim”.
Esta relação com o Correntes d’Escritas não foi esquecida por Luís Diamantino, Vereador do Pelouro da Cultura. “É um prazer estar com um escritor que também aqui está como um amigo da Póvoa”, avançou, partilhando com a assistência as sensações que o invadiram com a leitura de O Livro dos Guerrilheiros. “Provocou-me uma sensação contínua de dor. Recebi alguns murros a ler, e quando me levantava, parecia que caía outra vez. Foi um diálogo difícil com a narrativa, mas é uma narrativa muito forte”, descreveu.