quinta-feira, 18 de março de 2010

Casa da Juventude com novo serviço

A Casa da Juventude conta com um novo serviço, um Espaço Experimental de Mediação Educativa. Até Junho, os jovens podem inscrever-se nesta iniciativa que pretende promover a dinâmica de grupo através de debates acerca de temas de interesse para esta faixa etária, como Projectos de vida, Auto-Conhecimento, Direitos e Deveres da Juventude, Valores e Normas Sociais, Criatividade, Violência, Meio Ambiente, Multiculturalismo e Sexualidade.
Duas vezes por semana, a Casa da Juventude vai desenvolver estas sessões que têm diversos objectivos: criar uma mudança na mentalidade dos jovens, ou seja, torná-los cientes do seu papel activo na sociedade; ocupar os tempos livres de forma lúdica, com vista ao seu desenvolvimento intelectual, social e educativo, desempenhando um papel importante na prevenção de comportamentos de risco; divulgar e discutir o Estatuto da Criança e do Adolescente, consciencializar os jovens dos seus Direitos e Deveres e fazer com que aprendam a trabalhar em equipa, a confiar nos demais. Outra das finalidades deste projecto é mostrar aos jovens que frequentam a Casa da Juventude que esta é, além de um espaço de lazer e entretenimento, uma casa educativa.
As inscrições para participar neste Espaço Experimental de Mediação Educativa estão já abertas na Casa da Juventude.


Tradições Pascais em conversa, no Arquivo

Infopóvoa / Póvoa de Varzim
Em tempo de Quaresma, o Arquivo Municipal acolheu, ontem uma conversa conduzida por Armando Marques sobre o Ciclo Solene e Festivo da Páscoa no concelho da Póvoa de Varzim.
O orador começou por lembrar que as Solenidades Pascais têm início 40 dias antes do Domingo de Páscoa, na Quarta-feira de Cinzas, e terminam 40 dias depois no Domingo do Senhor dos Milagres, que é celebrado em Argivai com a Festa da Senhora do Bom Sucesso. A partir da Quarta-feira de Cinzas e até ao meio-dia do Sábado de Aleluia, as igrejas adquiriam uma imagem muito singular, “tapavam-se os altares, retiravam-se as flores e apagavam-se as velas”, revelou Armando Marques. O primeiro dia do tempo Pascal era ainda marcado pela imposição das cinzas e pela Procissão dos Entrevados, solenidade dirigida a “quem estivesse doente ou preso” que tinha “que se desobrigar”, acrescentou.
Serra-essa-Velha foi outra das tradições recordadas por Armando Marques que esteve durante muito tempo adormecida na cidade, tendo sido recuperada pela JuveNorte há dois anos atrás, para gáudio dos mais idosos que a recordavam com muito saudosismo. A iniciativa é descrita como um exercício público de crítica, já que na rua vão sendo ditas rimas de mal dizer, tendo como principal alvo as mulheres mais velhas.
Os Bailes de Micareme eram outra das actividades que marcavam o tempo de Quaresma que se realizavam nos bombeiros da Póvoa de Varzim e Vila do Conde. Segundo Armando Marques “os padres nunca gostaram deste baile” dado o seu carácter festivo.
No âmbito das celebrações da Semana Santa, a Póvoa de Varzim realizava e continua a realizar três Procissões dos Passos, sendo que a primeira se realiza em Amorim, segue-se a Póvoa de Varzim e por último em São Pedro de Rates. Em Amorim, esta procissão decorria no terceiro Domingo da Quaresma e era também designada por “O Atésa”, sendo sempre marcada por ventos muito fortes que exigiam muita força por parte dos homens que carregavam os pendões e bandeiras processionais. No domingo seguinte, a Santa Casa da Misericórdia organiza a procissão na Póvoa de Varzim e no dia em que a cidade celebra o Domingo de Ramos, em São Pedro de Rates sai às ruas a Procissão dos Passos.
Outra tradição perdida no tempo e abordada por Armando Marques foi a dos Bois da Páscoa. Em tempos passados, a tarde da Quinta-feira Santa era dedicada a esses animais, gordos e luzidios, enfeitados com sinos, flores e fitas vermelhas, que percorriam as povoações limítrofes antes de se dirigirem para a Póvoa. Acompanhados do seu proprietário e de uma moça vestida com traje minhoto a preceito, aqueles animais desfilavam pelas ruas da cidade e terminavam frente à Câmara Municipal, onde um júri apreciava os animais para atribuição de prémios. Esta iniciativa decorreu pela última vez em Abril de 1974, pois “a partir do 25 de Abril nunca mais se fez”, informou Armando Marques. A Quinta-feira Santa era também marcada pela visita às Igrejas, ritual que ainda hoje é cumprido por muitos poveiros que gostam de apreciar os arranjos das igrejas e capelas feitos com o maior cuidado, algumas das quais com encenações alusivas à quadra pascal, que ficam abertas até cerca das 24 horas de quinta-feira para serem visitadas pelos fiéis.


Na Sexta-feira Santa, destaca-se a Procissão do Enterro do Senhor que durante muitos anos se realizou à tarde mas há cerca de 30 anos passou a ser à noite, contando com a participação das Autoridades Civis e Militares. No Sábado de Aleluia, durante a manhã, realizava-se a bênção da água e ao meio-dia “caíam os paramentos negros e os rapazes iam com campainhas pelas ruas da cidade anunciar a festividade da ressurreição”.
Outra manifestação de carácter profano deste período referida por Armando Marques é a Queima do Judas, actualmente recriada pela Juvenorte segundo a qual Judas entregou Jesus à morte, tornando-se por isso o apóstolo traidor.
O Domingo de Páscoa era marcado pela ida ao padrinho para buscar a rosca e pela Visita Pascal. Enquanto a aguardavam, os poveiros jogavam a péla nas ruas, jogo bem conhecido daqueles que se dedicam ao estudo dos nossos costumes. Como muitos outros esse hábito foi-se perdendo e hoje dificilmente vemos a prática dessa tradição que também servia de entretenimento na Segunda-feira de Páscoa, no Anjo.
Quem não teve oportunidade de participar nesta conversa, poderá assistir no dia 31, quarta-feira, às 21h30, à tertúlia “A Páscoa e as suas tradições – memórias de Armando Marques”, no Arquivo Municipal.

“A Música na Quadra Pascal” arranca dia 21


Infopóvoa / Póvoa de Varzim
“A Música na Quadra Pascal” foi o nome dado pela Escola de Música da Póvoa de Varzim para um ciclo de concertos que irão decorrer em diversos locais do concelho de 21 de Março a 2 de Abril.
No dia 21, domingo, às 21h30, o Grupo Instrumental da Escola de Música da Póvoa de Varzim actua na Igreja de Argivai e na sexta-feira, 26, à mesma hora, será a vez de o Officina da Música e o Grupo Vocal Vilancico darem um concerto na Igreja Românica de Rates.
O Quarteto Verazin e o Coral “Ensaio” EMPV irão actuar no dia 28, domingo, na Igreja da Lapa e no dia 31, quarta-feira, na Igreja Matriz, às 21h30.
A iniciativa termina a 2 de Abril, Sexta-feira Santa, com a actuação do Coral “Ensaio” EMPV, junto ao Cruzeiro, às 21h30.
Organizado pela Escola de Música da Póvoa de Varzim, o evento conta com o apoio do Conselho Pastoral Paroquial de Argivai, Conselho Pastoral Paroquial de S. Pedro de Rates, Conselho Pastoral Paroquial da Lapa, Confraria do SS. Sacramento da Póvoa de Varzim, Junta de Freguesia de Argivai, Junta de Freguesia de Rates e Câmara Municipal da Póvoa de Varzim.

“Grande Noite do Fado” na sede da JuveNorte


Infopóvoa / Póvoa de Varzim


A associação JuveNorte organiza, regularmente jantares temáticos na sua sede. Este mês, o Fado é o tema de uma noite que volta a aliar a boa gastronomia poveira às sonoridades de um dos géneros musicais com mais tradição no país.
A “Grande Noite do Fado” tem lugar no próximo dia 20, sendo que o jantar será servido a partir das 20h30. Depois, e à luz das velas, recriando assim o verdadeiro aspecto de uma casa de fados, Jaime Martins, Madalena Fitas, Quim Faria, Marta Sousa, Mário Marques e Lucinda Azevedo irão entoar alguns fados, acompanhados na guitarra por Agostinho Azevedo e na viola por Fábio Azevedo.
A organização espera a participação de cerca de 200 pessoas, um número apoiado no facto, de entre todos os jantares que a JuveNorte organiza, este ser o mais procurado e apreciado pelo público.
O jantar e o espectáculo têm um custo de 15€, sendo que os interessados em participar devem efectuar a sua reserva até 18 de Março, através do telemóvel 965 358 899.

Dia do Pai merece leitura e música na Biblioteca e no Auditório


Infopóvoa / Póvoa de Varzim
Sexta-feira, 19 de Março, assinala-se o Dia do Pai. A Biblioteca Municipal e a Escola de Música organizam actividades neste âmbito, tendo como personagens principais as crianças.
Uma oficina criativa e um ateliê temático assinalam este dia na Biblioteca Municipal. As actividades concentram-se no dia 19, mas já a partir de domingo e até sexta, no Diana Bar, começam os ateliês, às 10h00 e às 14h00 onde as crianças participantes podem elaborar um postal com dedicatórias ao seu pai. No dia 19, a oficina criativa propõe a exploração das histórias Pê de Pai de Isabel Martins e Bernardo Carvalho, e Pai, Querido Pai! de Luísa Ducla Soares. Através destas leituras animadas as crianças vão descobrir as facetas de cada Pai e vão desenvolver trabalhos de expressão escrita e plástica. As sessões decorrem às 10h00 e às 14h00.
No Auditório Municipal, também no dia 19, os alunos do 1º Ciclo mostram o que aprenderam nas aulas de música através da Audição do Dia do Pai. Os alunos, que frequentam as aulas no âmbito das actividades extra-curriculares, vão subir ao palco às 19h00, dando um concerto dedicado aos pais, de entrada livre.
Acrescente-se que esta semana que se aproxima fica marcada pela comemoração de diversas efemérides. Para além do
Dia Mundial da Árvore e da Floresta, comemora-se também o Dia Mundial da Poesia. Neste âmbito, a Biblioteca preparou também inúmeras actividades a que se junta uma outra, “Momentos de Poesia”, a ter lugar no dia 21, às 15h00, no Diana Bar. Helena Duarte e Albina Dias, duas poetisas poveiras, irão declamar poemas, numa acção de entrada livre e aberta ao público em geral.

Biblioteca celebra efemérides com os mais novos

Actividades lúdicas, no Jardim da Biblioteca

Infopovoa / Povoa de Varzim


Sábado, 20 de Março, às 15h00, a Biblioteca Municipal Rocha Peixoto leva a cabo a iniciativa Poemas no Jardim para celebrar o Dia Mundial da Floresta, Dia Mundial da Árvore e Dia Mundial da Poesia.

Natureza e poesia irão fundir-se na comemoração destas efemérides que terá lugar no Jardim da Biblioteca e na Sala Infanto-Juvenil através da leitura de vários poemas, ao ritmo de cada criança, seguido de atelier de construção de versos c0m e sem rima.
Ao som das palavras, ao ritmo das rimas, no calor dos afectos, celebra-se a poesia com as crianças a lerem poemas sobre a árvore ou a natureza, num espaço propício, o Jardim da Biblioteca. A partir do livro A Casa da Poesia de José Jorge Letria propõe-se a leitura de poemas, com rimas e versos que divertem os mais pequenos.
A realização desta actividade tem por objectivo sensibilizar as crianças para a importância de proteger a natureza para além de estimular o gosto pela leitura, proporcionando o contacto directo com os livros.