terça-feira, 21 de julho de 2009

Segurança, acessibilidades e qualidade de vida: obras em freguesias recebem visita do Executivo Municipal

Pontão das Sencadas – em paralelo à via rodoviária surgirá uma via pedona
Infopóvoa / Póvoa de Varzim
“São obras necessárias e que vêm resolver problemas que interferem com a vida dos munícipes”, explicou José Macedo Vieira, Presidente da Câmara Municipal, resumindo, assim, a importância de um conjunto de obras que ontem, 20 de Julho, tiveram início em várias freguesias.
Com objectivos diversos, como acautelar a segurança dos munícipes, facilitar aos acessibilidades e até mesmo providenciar uma melhor qualidade de vida, as obras começaram “de uma forma sincronizada mas depois de devidamente acautelado o orçamento municipal”, referiu o autarca que ontem, em conjunto com membros do Executivo Municipal, visitou os locais das intervenções.

Reconstrução do paramento vertical
Em Aver-o-Mar, junto à Praia de Quião, assistiram-se aos primeiros trabalhos de terraplanagem no local onde nascerá o Centro de Ocupação de Tempos Livres dos Pescadores. A obra, orçada em pouco mais de 103 mil euros, apresenta uma arquitectura semelhante aos Apoios de Praia Simples que têm vindo a ser construídos no areal poveiro. Por isso, e como frisou o autarca, serão utilizados materiais naturais, como a madeira, de forma a reduzir o impacto visual. Com um prazo de execução de seis meses, este centro de convívio é o realizar de um sonho para o Presidente da Junta de Aver-o-Mar, Carlos Maçães. Este explicou que o terreno, comprado há dois anos com o apoio da autarquia, por 25 mil euros, foi apenas o primeiro passo, sendo que, finalizada a obra, o objectivo passa também por fazer do Centro de Ocupação de Tempos Livres um novo espaço cultural para a freguesia.
De Aver-o-Mar, o Executivo Municipal dirigiu-se para Aguçadoura, onde se desenrolavam duas intervenções. A primeira a ser visitada foi a requalificação de passeios na Rua das Flores, com a implantação de iluminação pública e lugares de estacionamentos. Esta intervenção facilita o acesso ao recém construído Centro Social e Paroquial de Aguçadoura, que será inaugurado no próximo domingo, e estará pronta até ao final desta semana. A obra, na ordem dos 62 mil euros, facilita o acesso por parte da população e utentes ao novo Centro Social que, como frisou Macedo Vieira “foi pago quase por inteiro pelas gentes de Aguçadoura. Estamos a falar de um investimento de 2,5 milhões de euros, sendo que a autarquia atribuiu um subsídio de 20% do valor da obra”.

Adelino Costa, Presidente da Junta da Estela, Macedo Vieira, Presidente da Câmara Municipal, Sérgio Cardoso, Presidente da Junta de Aguçadoura e Aires Pereira, Vereador do Pelouro de Obras Municipais, num troço da Rua Campo das Masseiras.
Na marginal aguçadourense, a reconstrução do paramento vertical de sustentação e protecção foi recebida com agrado por parte do Presidente da Junta de Freguesia, Sérgio Cardoso. Uma recente derrocada, provocada pelas intempéries, diminuía as condições de segurança da zona. No entanto, e como explicou Sérgio Cardoso, o arranque da obra vinha a ser constantemente adiado, e só a pressão da autarquia junto da CCDR-N permitiu o seu início. A intervenção, que apresenta um custo de 154 mil euros, comparticipada em 50% pela CCDR-N, prevê a reconstrução do muro de suporte com reforço através de microestacas de betão e a reconstrução das escadas de acesso ao areal. Estará terminada dentro de dois meses.
Aguçadoura partilhou com a Estela o início de outra obra que, como disse Macedo Vieira, há muito era reivindicada pelos agricultores: a repavimentação da Rua Campo das Masseiras. Esta é de importância vital para se aceder aos muitos campos agrícolas da zona e, por isso, a autarquia entendeu investir mais de 228 mil euros para que se procedesse à regularização e pavimentação dos cerca de dois quilómetros do piso da via e das entradas dos campos de cultivo, em cubo de granito, uma intervenção finalizada em três meses.
Por último, José Macedo Vieira visitou Amorim onde, para “resolver um problema a nível de acessibilidades”, vai ser construída uma via pedonal no Pontão das Sencadas. Tal como explicou Manuel Correia, Presidente da Junta, muitos são os habitantes que se servem daquela via para aceder, por exemplo, ao Parque da Cidade. Ao investir 34 mil euros, a autarquia assegura que, dentro de três meses, esse acesso será feito com uma maior comodidade e segurança, já que serão construídos passadiços sobrelevados, num corredor independente ao utilizado pelo tráfego rodoviário.



Associativismo poveiro em Mostra durante quatro dias


Infopóvoa / Póvoa de Varzim
Entre 23 e 26 de Julho o Largo do Passeio Alegre recebe o movimento associativo poveiro com a 4ª Mostra de Actividades das Associações Culturais, Desportivas e Recreativas do Concelho da Póvoa de Varzim.
Organizada pelo Pelouro do Desenvolvimento Socioeconómico, a Mostra de Actividades conta com o apoio das quase duas dezenas de associações presentes que, para além de divulgarem o seu trabalho, vão também ser responsáveis pelas várias acções de animação que terão lugar ao longo dos quatro dias.
A Abertura da Mostra de Actividades decorre às 16h00 de dia 23 e contará com a presença de Afonso Oliveira , Vereador do pelouro organizador. A este momento seguem-se inúmeras demonstrações musicais, teatrais, de dança e outras das associações presentes, nos dias 23, 24 e 25.
Diariamente, os visitantes vão poder admirar os trabalhos de artesanato desenvolvidos por 16 artesãos, distribuídos por quatro stands, participar em passeios em charrete, puxado por póneis, promovidos pelo Grupo Recreativo de Regufe ou ainda visitar a exposição de motas, desenvolvida pela Associação Motoclube “Lobos do Mar”.
A Mostra de Actividades está aberta, nos dias 23 e 24, das 18h00 às 24h00 e, nos dias 25 e 26, das 16h00 às 24h00.

Programa
Dia 23
Após a Abertura da Mostra, o Grupo Recreativo Estrela do Bonfim apresenta a sua turma de karaté, a que se segue, a partir das 21h30, um espectáculo de dança pelo Centro Desportivo, Cultural e Recreativo Senhora do Ó e actuação musical do grupo “Os Amigos Ó”. A noite termina com nova demonstração de dança por parte da Associação Cultural de Animação e Formação.

Dia 24
O espectáculo de música e dança pelos finalistas do Festival da Primavera e a apresentação do Grupo Capoeirarte, pela Associação Cultural e Desportiva da Mariadeira, são, em conjunto com a apresentação da turma de Hip-Hop, do grupo Recreativo Estrela do Bonfim, as propostas, a partir das 21h30.

Dia 25
Também a partir das 21h30 o Centro de Desporto e Cultura JuveNorte leva a cena uma revista à portuguesa, a que se seguem demonstrações por parte da Associação Academia Kung–Fu da Póvoa de Varzim e da Associação Cultural e Recreativa da Matriz.

Dia 26
Às 16h00 os visitantes da Mostra de Actividades vão poder assistir à passagem dos participantes do 2º Festival de Paramotores, promovido pela Associação Cultural de Amorim. Às 17h30, e no âmbito do 16º Aniversário do Grupo Recreativo e Etnográfico “As Tricanas Poveiras ”, decorre o Encontro de Danças e Cantares “Costa Verde” 2009. Após um desfile pela Avenida dos Banhos, decorre a actuação dos grupos no palco do Passeio Alegre. São eles o Grupo Etnográfico Paul da Trava, de Vale de Cavalos, Ribatejo ; a Associação Cultural e Recreativa Estudantil, de Pedras Salgadas ; o Rancho Folclórico Etnográfico de Vilarinho, Lousã ; o Grupo Folclórico Santo André de Lever, de Vila Nova de Gaia ; o Rancho Etnográfico Santiago de Bougado, da Trofa ; e, a finalizar, a actuação d’”As Tricanas Poveiras ”. A festa termina às 22h00, com uma noite de variedades, pelo Grupo Cénico das Tricanas Poveiras.

1ª Volta a Portugal Masters arranca na próxima quarta


Infopóvoa / Póvoa de Varzim
A Póvoa de Varzim irá receber a última das cinco etapas que constituem a 1ª Volta a Portugal Masters. A prova terá início em Alpiarça já na próxima quarta-feira, 22 de Julho, e terminará no domingo seguinte, 26 de Julho. Nesta última etapa, os atletas terão que partir da Avenida dos Banhos em direcção a Aver-o-Mar, Navais, Estela, Laundos -subindo depois ao Monte de S. Félix-, Rates, Terroso, Amorim, regressando novamente à Póvoa. Este trajecto terá que ser percorrido quatro vezes. Uma etapa difícil para as duas centenas de ciclistas que irão participar nesta 1ª Volta a Portugal Masters. A prova terá início às 15h00 e contará com a participação das equipas poveiras Póvoa Clube BTT e XPZ-Bona-CDC Navais.
Os 420 quilómetros que compõe esta edição inaugural serão divididos da seguinte forma: Alpiarça/Caldas da Rainha ( 85,4 quilómetros ) ; Soure/Soure ( 8 quilómetros ) ; Anadia/Vila do Conde ( 142 quilómetros ) ; Aveiro/Sever do Vouga (89quilómetros) ; e, finalmente, Póvoa de Varzim/Póvoa de Varzim ( 93,2 quilómetros ).
A competição é uma organização da empresa Fullsport e conta com o apoio das Câmaras Municipais de Alpiarça, Aveiro, Póvoa de Varzim, Sever do Vouga, Vila do Conde e também da União Velocipédica Portuguesa-Federação Portuguesa de Ciclismo (UVP-FPC).

Exposição de Solidariedade: milhares de visitantes ajudaram a ajudar

Infopóvoa / Póvoa de Varzim
Milhares de pessoas visitaram, este fim-de-semana, a Exposição de Solidariedade do concelho da Póvoa de Varzim.
No Largo do Passeio Alegre, 24 instituições particulares de Solidariedade Social, distribuídas por stands, davam a conhecer o seu trabalho, aproveitando para recolher fundos através da venda dos mais variados produtos, como artesanato, iguarias gastronómicas e até produtos hortícolas, estes muito procurados pelos visitantes. As rifas, jogo presente em quase todos os stands, prometiam sempre prémio e foram, por isso, um dos jogos mais populares entre os visitantes. Porta-chaves, bijutaria, utensílios de cozinha, desenhos, livros, objectos de decoração, de tudo havia numa exposição que convidava, sobretudo, ao contributo por uma boa causa.

Apesar de aberta desde sexta-feira, 17 de Julho, foi no sábado que José Macedo Vieira, Presidente da Câmara Municipal, inaugurou a Exposição de Solidariedade com sincero orgulho “uma vez que há um grande empenho das instituições que aqui mostram o trabalho que têm vindo a desenvolver”. De facto, o autarca reconheceu que, se não fosse a dedicação e voluntariado por parte destas instituições, seria extremamente difícil, para os órgãos de poder, dar resposta às problemáticas sociais.



Elogiando o trabalho que várias instituições têm desenvolvido a nível do ensino pré-escolar, Macedo Vieira deu particular ênfase às que contribuem para o bem-estar dos idosos. “O aumento do número de idosos e a diminuição do número de filhos por casal vai levar a um grave problema de gestão nos países. Calcula-se que dentro de 30 a 40 anos Portugal terá menos 2 milhões de habitantes, mas o número de idosos vai duplicar. Isto vai levar a que surjam problemas com os custos de saúde, com os pagamentos das reformas e até com a ocupação de tempos livres. Vamos ter que criar soluções novas, a nível local também. No futuro vamos ter grandes desafios que vão pedir mais empenho por parte das instituições”, avisou o autarca, pedindo o esforço de todos de forma a combater a velha ideia de que “há sempre outra pessoa que resolve as coisas por nós”.



A este momento seguiram-se várias actuações por parte dos utentes das instituições presentes, com a dança a desempenhar papel principal. Assim, participaram o Instituto Maria da Paz Varzim, o Centro Social Monsenhor Pires Quesado – Matriz, o Centro Social Bonitos de Amorim, o MAPADI, o Centro Social e Paroquial de Aver-o-Mar, o Centro Social e Paroquial de Aguçadora, o Centro Social e Paroquial de Terroso, o Centro Social e Paroquial de Navais, o Instituto Madre Matilde, A Beneficente e a Casa Santa Maria da Estela.


Para além destas instituições, participaram também na exposição: Obra de Santa Zita ; Centro Social da Paróquia de Beiriz ; Bombeiros Voluntários da Póvoa de Varzim ; Acção Missionária Aurora – AMA ; Rotaract Club da Póvoa de Varzim ; Cruz Vermelha Portuguesa / Núcleo da Póvoa de Varzim ; Liga dos Amigos do Hospital ; Centro Social de Bem-Estar de S. Pedro de Rates ; Associação de Reformados Poveiros ; Banco de Tempo – Agência da Basílica ; Centro Hospitalar Póvoa de Varzim / Vila do Conde e Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Varzim.
A Exposição de Solidariedade contou também com as actuações da Banda Musical da Póvoa de Varzim e da Gestrintuna.

“Os silêncios são parte da conversa” – Mia Couto apresentou Jesusalém

Infopóvoa / Póvoa de Varzim
O Diana Bar, acolheu, no passado sábado, mais de uma centena de pessoas que não quiseram perder a oportunidade de estarem com Mia Couto na sessão de lançamento do seu mais recente livro Jesusalém.

O escritor moçambicano esteve, uma vez mais na nossa cidade e assumiu que “é uma felicidade renovada estar na Póvoa de Varzim” acrescentando que se sente muito bem aqui. Mia Couto disse que se sentia feliz pela família alargada que sempre encontra na Póvoa, com a qual existe um laço que se foi reforçando. A satisfação por este encontro é recíproca e Luís Diamantino, Vereador do Pelouro da Cultura, também a manifestou afirmando que “da Póvoa de Varzim, Mia Couto tem tudo o que quiser e é com muito agrado e carinho que o recebemos”. “Mia Couto faz parte do nosso movimento organizado de escritores”, acrescentou Luís Diamantino.
Zeferino Coelho, da Caminho, editora portuguesa de Mia Couto, acompanha o escritor pelo país no lançamento deste livro e reconheceu o êxito conseguido em mais uma obra.
Sobre Jesusalém, Mia Couto revelou que se trata de “uma história que tem muitas histórias, que reflecte a dificuldade sentida em relacionarmo-nos com o tempo já vivido que ou é uma mentira ou é algo encrostado em nós”. O protagonista da história é Silvestre Vitalício, que transporta os filhos – Mwanito e Ntunzi – para um lugar fora da vida, a que dá o nome de Jesusalém. É ele quem define as fronteiras do seu mundo e ninguém está autorizado a entrar nesse território, onde tudo é baptizado de novo. Só Mwanito não é renomeado, ele é ao mesmo tempo a terra como personagem, é portador de memórias que nos chegam de forma confusa. E sobre esta personagem, designada como “afinador de silêncios”, Mia Couto confessou que “tem um pouco de mim. Na minha família, eu era o que estava calado”, criando expectativa da parte do pai perante esse silêncio. “Em África, os silêncios são parte da conversa. O silêncio é uma outra maneira da palavra viver e há coisas que não podem ser ditas de outra maneira”, concluiu o escritor moçambicano.