quinta-feira, 22 de abril de 2010

PÓVOA DE VARZIM

“Juntos pelo Gil e Letícia” apela à ajuda dos poveiros



Infopóvoa / Póvoa de Varzim
O espírito de solidariedade dos poveiros é novamente necessário. Desta vez para ajudar o Gil, de quatro anos, e a Letícia, com quase três, a terem uma melhor qualidade de vida, afectada pela paralisia motora de que sofrem.
Um espectáculo musical, “Juntos pelo Gil e Letícia”, foi a forma encontrada para reunir fundos. Acontece no dia 23, às 21h00 no Auditório Municipal. Com o apoio da Câmara Municipal, o espectáculo, organizado pelo músico vilacondense Rui T, levará a palco vários artistas com o objectivo comum de angariar fundos para ajudar a família do Gil e da Letícia a comprarem os equipamentos ortopédicos que precisam com urgência. A música, desde o fado ao rock, a poesia, a pintura e as mais diversas formas de arte serão o mote para a solidariedade. Um evento que além do músico conta também na organização com o produtor Marco Jerónimo (Estúdios Inear), o pintor e escritor Ângelo Vaz, a escritora Renata Pereira Correia e o Caricaturista Ricardo Campos (Campuscartoons), sendo esta a equipa responsável pela realização de uma gala solidária que se prevê mágica, com muita arte à mistura nos mais variadíssimos estilos. A apresentação do evento estará a cargo do pintor e escritor Ângelo Vaz com a colaboração da escritora Renata Pereira Correia. Uma sessão de fados com José Saraiva e Márcio Silva e as actuações de Ruben Santos, Phama, Vespa, Rui T – The Man and the Band, Open e participações de Rita Cabral, Edério Alves e Ventríloquo Roldão fazem parte do programa.
Os bilhetes, no valor de 5 euros, estão disponíveis, até 22 de Abril, na Casa da Juventude, no Banana Café Concerto, no Café Luana Bar (Vila do Conde) e na Musiconde (Vila do Conde). No dia do espectáculo, podem ser adquiridos no Auditório Municipal.
No final, a festa continuará no Banana Café Concerto na Póvoa de Varzim onde haverá também muita música com a presença de alguns dos artistas que participam no evento e também do DJ residente MIG que animará uma noite que também irá reverter em parte para o Gil e para a Letícia. Todos os fundos angariados serão oferecidos aos pais que se responsabilizarão pela sua administração e pela compra do equipamento de apoio que as duas crianças necessitam – uma cadeira especial para o Gil e equipamento auxiliar de banho para ambas as crianças.
Se não puder assistir ao espectáculo, pode também contribuir para esta causa depositando donativos na conta 0018 0003 22833222020 16.
Se pretende obter mais informações acerca da causa visite juntospelogileleticia.blogspot.com ou contacte a organização através do e-mail
solidariedade.gil.leticia@gmail.com

PÓVOA DE VARZIM

Santa Casa da Misericórdia – origens recordadas por Humberto Fernandes

Infopóvoa / Póvoa de Varzim
Em mais uma tarde de conversa, no Arquivo Municipal, Humberto Marques Fernandes falou, ontem, sobre as origens da Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Varzim.
O orador informou que a Criadora das Misericórdias em Portugal foi a Rainha D. Leonor e que estas instituições de solidariedade tinham como modelo de regência o Compromisso da Misericórdia de Lisboa. É segundo este Compromisso que devem ser exercidas as obras de misericórdia corporais (dar de comer a quem tem fome; dar de beber a quem tem sede; vestir os nus; dar pousada aos peregrinos; assistir aos enfermos; visitar os presos; enterrar os mortos) e espirituais (dar bom conselho; ensinar os ignorantes; corrigir os que erram; consolar os aflitos; perdoar as injúrias; sofrer com paciência as fraquezas do nosso próximo; rogar a Deus por vivos e defuntos).
Sobre a criação da instituição na nossa cidade, Humberto Fernandes referiu que nasceu por vontade do povo e do senado a 23 de Maio de 1756 para socorrer todos os indigentes, tornando-se na principal instituição de assistência e de caridade da vila. A Póvoa de Varzim era uma Póvoa marítima, em que a maioria da população se dedicava à pesca, estando por isso muito dependente das condições climatéricas que originavam algumas fomes e consequentes doenças e outras dificuldades no quotidiano das populações.
A fundação de uma Misericórdia exigia a existência de um templo anexo, esclareceu Humberto Fernandes, informando que foi a partir dos restos arquitectónicos da primitiva Igreja Matriz da Póvoa que surgiu a ermida da Mata, no século XVI. Deste modo, salvou-se a Igreja Matriz da demolição e a nova Igreja passou a fazer parte do património da Santa Casa.
Para singrar, a instituição beneficiou de duas ajudas fundamentais: o espólio da Confraria dos Santos Passos e o contributo monetário dos pescadores que tiravam parte do rendimento do pescado para a Santa Casa da Misericórdia. Primordial foi ainda o auxílio pecuniário de Maria Fernandes, uma senhora rica que doou parte da sua fortuna à instituição sendo-lhe atribuído o título de primeira doadora da Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Varzim.
No século XIX, a instituição construiu o hospital que foi considerado um serviço de saúde exemplar para a altura, acrescentou Humberto Fernandes.Em Maio, há nova À quarta (h)à conversa, dia 19, sobre “O Jogo da Pela na Póvoa de Varzim”, com Noémia Ferreira de Castro.