segunda-feira, 13 de julho de 2009

Novos Contos Poveiros apresentados no Diana Bar

Da esquerda para a direita: Fernando Pinheiro, Luís Costa, filho de Luís Costa e Luís Diamantino

Infopóvoa / Póvoa de Varzim


Novos Contos Poveiros foi o livro de Luís Costa apresentado no passado sábado, no Diana Bar, uma compilação de 12 contos que evocam episódios, figuras, lugares, práticas, usos e costumes da Póvoa de Varzim.
Como referiu Luís Diamantino, Vereador do Pelouro da Cultura, trata-se de um “livro que mitiga a saudade que temos do passado” através de “histórias da Póvoa que conseguem despertar sentimentos e provocar orgulho por sermos poveiros”. Luís Diamantino reconheceu a Luís Costa o domínio da arte de escrever acrescentando que “são exemplo de sabedoria as pessoas que contam histórias e é importante haver quem as conte”, principalmente com o amor à nossa cidade que este poveiro de coração transmite.
Natural de Coimbra e a viver em Braga há vários anos, Luís Costa confessou que “quando me sento à secretária para escrever alguma coisa lembro-me sempre da Póvoa de Varzim”, onde viveu a sua infância e juventude. São inúmeras as passagens que lhe vêm à cabeça, vividas na sua mocidade que passa para o papel revelou o escritor afirmando que “quem por aqui passa, torna-se um poveiro de coração devido à grandeza das suas gentes”. “ A Póvoa tem esse atractivo tremendo, tem tudo, é uma grande cidade, da qual se pode orgulhar” acrescentou Luís Costa dizendo que se lembra sempre da cidade com saudade e está-lhe muito grato”.
A sessão contou ainda com o testemunho de um dos 14 filhos de Luís Costa, evocado como um pai presente e que sempre transmitiu aos filhos o amor que tinha à Póvoa de Varzim e às suas tradições, fazendo desta destino de muitos passeios em família marcados por peripécias partilhadas com o público.
Fernando Pinheiro, editor de Novos Contos Poveiros, fez uma excelente análise crítico-literária à obra, dividindo os 12 contos em quatro secções de acordo com o subgénero que as categorizou: contos ficcionados, que misturam realidade e ficção ; contos de fundo pícaro, satírico e jocoso ; contos de fundo sociológico e antropológico e ainda prosa poética, tipologia atribuiu ao último conto do livro “Amor platónico” que o editor considera terminar com “chave d’ouro”.
Alguns ficcionados, outros vividos pelo autor e outros ainda que fazem parte da tradição oral poveira são os contos reunidos na obra apresentada perante uma sala onde não faltavam amigos da juventude que Luís Costa passou na Póvoa e que tão boas recordações deixou na sua vida. A edição, que surge na linha de Contos Poveiros, é, de facto, um repositório de memórias de um tempo e de uma Póvoa de Varzim cheia de tradições e onde o mar, e essa relação forte que com ele mantinha uma grande parte da população, marcava a vida de toda uma comunidade.

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