Infopóvoa / Póvoa de Varzim
Depois da Praça do Almada e do Orfeão Poveiro, recordou-se a Avenida Mousinho de Albuquerque na última sessão “À quarta (h)à conversa”, dinamizada pelo Arquivo Municipal, onde participaram utentes da Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Varzim.
Esta iniciativa tem como objectivo apresentar temas da história local ou, como ficou provado na sessão, reavivar e valorizar as recordações de quem viu a Póvoa crescer e evoluir de encontro ao que é hoje. De facto, cada imagem da “antiga” Avenida exibida fez surgir, entre os participantes, velhas lembranças das casas “lindíssimas” que embelezaram a Avenida, como o Palacete de Delfim Martins Flores ou a casa de David Alves (entretanto demolidas), a Villa Miosótis (ainda de pé e bem conservada), o café Ribeiro, onde hoje se ergue o edifício Sopete, a farmácia do Dr. Cardoso, o local onde paravam as carreiras que iam para Braga….
A história desta importante avenida começa ainda antes do início do século XX, quando em Maio de 1891 chega à Câmara Municipal um requerimento por parte de alguns moradores que pediam que se “rasgasse” uma rua desde o Largo das Dores (nascente) até ao Passeio Alegre (poente, junto ao mar), um “bairro para banhistas” com o intuito de acompanhar o crescimento da Póvoa de Varzim enquanto estância balnear e colocá-la, também, em pé de igualdade com outras vilas costeiras, como Vila do Conde ou Espinho. Estes moradores anunciavam, mesmo, a sua predisposição para ceder, a título gratuito, os terrenos, facilitando, assim, o processo de expropriações. À vontade destes moradores juntou-se David Alves, importante figura política da Póvoa de Varzim e um dos grandes impulsionadores da obra.
A história desta importante avenida começa ainda antes do início do século XX, quando em Maio de 1891 chega à Câmara Municipal um requerimento por parte de alguns moradores que pediam que se “rasgasse” uma rua desde o Largo das Dores (nascente) até ao Passeio Alegre (poente, junto ao mar), um “bairro para banhistas” com o intuito de acompanhar o crescimento da Póvoa de Varzim enquanto estância balnear e colocá-la, também, em pé de igualdade com outras vilas costeiras, como Vila do Conde ou Espinho. Estes moradores anunciavam, mesmo, a sua predisposição para ceder, a título gratuito, os terrenos, facilitando, assim, o processo de expropriações. À vontade destes moradores juntou-se David Alves, importante figura política da Póvoa de Varzim e um dos grandes impulsionadores da obra.
No entanto, a Avenida cedo ficou conhecida como Avenida da Discórdia, dado o debate que gerou – para uns a Avenida era um luxo, para outros uma necessidade, outros ainda preocupavam-se com o investimento que seria necessário fazer. Mas a pouco e pouco o projecto foi avançando e, em Dezembro de 1893, segundo uma Acta de Reunião da Câmara, é referida novamente a urgência da obra, que, defendiam, iria contribuir para a modernização da Póvoa de Varzim e para um melhor ordenamento das ruas. Três anos depois, e em nova Acta de Reunião, é pedida a rectificação e reorganização do orçamento para que se aumentasse a largura prevista da Avenida para 22 metros . No ano seguinte, em 1897 começa a construção. Em 1902 estava praticamente concluída, mas entraves à expropriação de alguns terrenos levaram a que a Avenida só fosse inaugurada em 1906.
Outro facto interessante referente à Avenida é que, mesmo antes da sua inauguração, já o nome estava escolhido: Mousinho de Albuquerque, como forma de homenagem a um heróico militar nascido na Batalha em 1855 (morreu em Lisboa em 1902), que desempenhou funções de Administrador na África Oriental Portuguesa. Mousinho de Albuquerque foi também preceptor do Príncipe Real D. Luís Filipe de Bragança e foi nessa qualidade que, em 1901, acompanhou o Príncipe numa visita à Póvoa de Varzim “para conhecer a praia de banhos da Póvoa e as ruas onde moravam os pescadores”.
Através de imagens, que muitos dos presentes recordaram como sendo “do nosso tempo”, acompanhou-se a evolução da traça da Avenida, que começou por ter dois largos passeios, com dois renques de árvores, e apenas uma faixa de rodagem. Em 1930 a Avenida é remodelada na sua totalidade, e é neste período que surge o separador central, com árvores, e duas faixas de rodagem. Em 2008 deu-se por terminada a mais recente intervenção na Avenida Mousinho, que agora apresenta uma traça mais moderna, com uma maior área pedonal, tendo desaparecido o separador central. Mas uma característica mantém-se, como no ano da sua construção: a vista de mar é sempre garantida e a Avenida é, ainda hoje, uma das mais importantes artérias da cidade.
Através de imagens, que muitos dos presentes recordaram como sendo “do nosso tempo”, acompanhou-se a evolução da traça da Avenida, que começou por ter dois largos passeios, com dois renques de árvores, e apenas uma faixa de rodagem. Em 1930 a Avenida é remodelada na sua totalidade, e é neste período que surge o separador central, com árvores, e duas faixas de rodagem. Em 2008 deu-se por terminada a mais recente intervenção na Avenida Mousinho, que agora apresenta uma traça mais moderna, com uma maior área pedonal, tendo desaparecido o separador central. Mas uma característica mantém-se, como no ano da sua construção: a vista de mar é sempre garantida e a Avenida é, ainda hoje, uma das mais importantes artérias da cidade.
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