Infopóvoa / Póvoa de Varzim
“Passo e fico, como o Universo” foi o verso de Alberto Caeiro que deu mote à 3ª mesa que decorreu esta tarde no Auditório Municipal e reuniu Bernardo Carvalho, Germano Almeida, Isaac Rosa, João Tordo e Tânia Ganho e teve como moderador Carlos Vaz Marques.
Para Tânia Ganho, “O livro é uma parte de mim. Enquanto o objecto durar, eu fico.”, afirmou a escritora partilhando com o público que um dos momentos mais importantes da sua vida aconteceu no lançamento do seu primeiro livro quando uma rapariga de 19 anos lhe disse que o livro tinha mudado a sua vida. A escritora e tradutora considera que “os livros são vidas que se agarram a nós” e cada livro que publica é uma parte da sua vida que passa. À pergunta “Porquê que escreve?”, Tânia Ganho revelou que nunca teve uma resposta para ela pois “escrevo desde que sei escrever e escrevo porque é a minha maneira de estar. Tento escrever aquilo que quero, com convicção.” acrescentando que “escrever é uma espécie de esquizofrenia”. “Escrever é um pouco como ser encenador e actor” porque o acto de escrever implica pôr em palco uma acção e, simultaneamente, criar personagens e encarná-las, concluiu Tânia Ganho.
A propósito de outra passagem do mesmo poema de Caeiro que diz “Esse é o destino dos versos./ Escrevi-os e devo mostrá-los a todos”, João Tordo considera que hoje em dia vivemos numa dicotomia entre o escritor que não se quer mostrar e aquele que escreve para os leitores e esta marca a diferença entre literatura erudita e literatura comercial. O escritor encara como uma falácia os escritores que rejeitam o sucesso e dizem que escrevem para si próprios. E recorrendo a outros versos do mesmo poema “Quem sabe quem os terá?/ Quem sabe a que mãos irão?”, João Tordo referiu que estes exprimem a alegria e drama de quem escreve pois “a ambição do romancista é mudar o ponto de vista de quem lê”. O escritor expressou que o poema de Alberto Caeiro remete para a interioridade de quem escreve e disse que “os livros deixam de ser nossos quando são publicados mas também são nossos porque resgatamos as pessoas ou personagens da morte mantendo-as nas nossas páginas”. João Tordo terminou dizendo que a literatura é parte de uma raiz que é a “raiz do mal”, à qual se submete e “sinto-me quase alegre”.
Para Tânia Ganho, “O livro é uma parte de mim. Enquanto o objecto durar, eu fico.”, afirmou a escritora partilhando com o público que um dos momentos mais importantes da sua vida aconteceu no lançamento do seu primeiro livro quando uma rapariga de 19 anos lhe disse que o livro tinha mudado a sua vida. A escritora e tradutora considera que “os livros são vidas que se agarram a nós” e cada livro que publica é uma parte da sua vida que passa. À pergunta “Porquê que escreve?”, Tânia Ganho revelou que nunca teve uma resposta para ela pois “escrevo desde que sei escrever e escrevo porque é a minha maneira de estar. Tento escrever aquilo que quero, com convicção.” acrescentando que “escrever é uma espécie de esquizofrenia”. “Escrever é um pouco como ser encenador e actor” porque o acto de escrever implica pôr em palco uma acção e, simultaneamente, criar personagens e encarná-las, concluiu Tânia Ganho.
A propósito de outra passagem do mesmo poema de Caeiro que diz “Esse é o destino dos versos./ Escrevi-os e devo mostrá-los a todos”, João Tordo considera que hoje em dia vivemos numa dicotomia entre o escritor que não se quer mostrar e aquele que escreve para os leitores e esta marca a diferença entre literatura erudita e literatura comercial. O escritor encara como uma falácia os escritores que rejeitam o sucesso e dizem que escrevem para si próprios. E recorrendo a outros versos do mesmo poema “Quem sabe quem os terá?/ Quem sabe a que mãos irão?”, João Tordo referiu que estes exprimem a alegria e drama de quem escreve pois “a ambição do romancista é mudar o ponto de vista de quem lê”. O escritor expressou que o poema de Alberto Caeiro remete para a interioridade de quem escreve e disse que “os livros deixam de ser nossos quando são publicados mas também são nossos porque resgatamos as pessoas ou personagens da morte mantendo-as nas nossas páginas”. João Tordo terminou dizendo que a literatura é parte de uma raiz que é a “raiz do mal”, à qual se submete e “sinto-me quase alegre”.

Para Bernardo Coelho, toda a produção artística e literária é feita com a consciência de que “passa e não fica”, ou seja, tem uma opinião contrária àquela que o verso exprime “Passo e fico”. O escritor considera que o poema de Alberto Caeiro associa o poeta à natureza, encarando o poema como uma paisagem, com naturalidade, ideia que para si é terrível pois “literatura é singularidade, é limite”.

Sem comentários:
Enviar um comentário